Oferendas florais de Diaz-Canel, Presidente da República e de Raul Castro, colocadas no monumento da Plaza de Armas de Havana, prestaram homenagem a Carlos Manuel de Céspedes, iniciador das façanhas da independência de Cuba.
Que dia glorioso quando, sob o sol forte, às dez horas da manhã, um grito de guerra anunciou o primeiro amanhecer de liberdade em Cuba! Era 10 de outubro de 1868.
Que manhã sublime, quando um engenho de açúcar serviu de local redentor para romper pela primeira vez as cadeias da escravatura, conceder aos negros o seu genuíno estatuto de cidadãos e dar-lhes um lugar na futura luta pela independência! Esse lugar era La Demajagua.
Que extraordinária coragem foi a daquele ilustre homem que decidiu trocar os luxos do seu nascimento pela emancipação dos cubanos, conseguindo unir – como nunca tinha acontecido na história da Ilha – brancos e negros, ricos e humildes, no ideal inquebrantável de lutar por uma terra sem dono! Foi Carlos Manuel de Céspedes, o iniciador.
Foi assim que, acompanhados pelo vibrante toque de um sino, pela sua própria bandeira costurada à mão e por um memorável Manifesto, cerca de 500 homens liderados por Céspedes forjaram o “despertar” de uma nação, até então oprimida pelo chicote da metrópole espanhola.
“…Graças a Deus que finalmente, com coragem, / Cuba rompe o laço que a oprimia / e ergue a cabeça com orgulho e liberdade!”, escreveu José Martí, emocionado, algum tempo depois, no seu soneto 10 de outubro!
FONTE: Granma – 10 de Outubro de 2023.