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Honrar e renascer

Oferendas florais de Raúl e de Díaz-Canel presidiram a homenagem póstuma ao jovem oficial Elier Manuel Correa Aguilar

Foto: Ricardo López Hevia

 

MATANZAS – A uns 500 metros da bateria de tanques o solo está torrado a gente sente isso ao caminhar. O estado em que ficaram dezenas de edificações é deprimente.

Tudo tem uma cor negra, e os sedimentos do petróleo derramado, misturado com terra e sucata, estão espalhados pela zona; é possível ver traços de mangueiras, tubos avariados, estruturas metálicas retorcidas e arbustos carbonizados.

É inevitável dirigir o olhar para o local onde esteve o tanque impactado pelo raio, e pensar nos instantes letais daquela primeira explosão por volta das cinco horas da manhã do sábado, 6 de agosto.

Por fortuna, o fogo deixou de ser já um sobressalto para os moradores de Matanzas e de Cuba toda. Já não voltaremos a ver essa nuvem com forma de cogumelo que se levantou sobre a cidade de Matanzas e outras regiões próximas do ocidente do país.

Mais do que nos efeitos do sinistro, a gente pensa na ousadia dos bombeiros, aqueles que arriscaram a vida em gesto heroico.

Entretanto, começaram a chegar caminhões carregados com materiais rochosos para iniciar, assim que for possível, a fase de recuperação. É a esperança após a tragédia.

O PRIMEIRO NA FILA

Era seu dia de descanso, mas o jovem oficial do Corpo de Bombeiros de Cuba, Elier Manuel Correa Aguilar, decidiu se juntar e ir junto aos seus companheiros a combater o fogo.

Desde então, para Cuba cresceu outro herói, um guerreiro de 24 anos, que faleceu após vários dias em estado crítico, devido às queimaduras recebidas no fogo no depósito de petróleo, em Matanzas.

Nesta quinta-feira, 11 de agosto, na Praça da Pátria de Bayamo – sua cidade natal – um povo consternado, orgulhoso e respeitoso, aderiu à dor de parentes, amigos e companheiros de trabalho de Elier, para dar-lhe o derradeiro adeus ao jovem combatente do ministério do Interior (Minint), quem havia assegurado pelo telefone a sua mãe Mirna: «Mãe, eu sou o primeiro na fila, não tenho medo».

Fonte: Granma

Agosto, 2022