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Sílvio Rodríguez: Biden deixou intactas as medidas de Trump e as aprofundou

O trovador deu sua opinião sobre o efeito do bloqueio económico, comercial e financeiro há mais de 60 anos, que permanece imóvel e até se agravou durante este período de COVID-19

 

Foto: Ariel Cecilio Lemus

 

Joe Biden deixou intactas as medidas de Trump e aprofundou-as, disse Sílvio Rodríguez.

Prioridade durante a pandemia deve ser «sobreviver», disse esta semana o paradigmático trovador cubano Sílvio Rodríguez ao programa Las 40, da rádio argentina AM 750, espaço onde apresentou Acerca de los padres, música inédita criada em 1972 e gravada em 1991 junto à formação de jazz latino Diákara.

 

Tudo o que se faz nesse sentido é o certo a fazer, comentou, avaliando que já mais de um ano e meio após a crise há uma visão mais completa do vírus, embora as novas estirpes compliquem o panorama.

 

Em referência ao cenário mundial, considerou que «se o que fosse gasto em meios de destruição tivesse sido gasto em saúde, tudo isso seria muito diferente. Espero que aprendamos e comecemos a gastar mais em saúde do que em nos matar».

 

Como «curioso e surpreendente» ele valorizou o facto de que nos países ricos há sectores da população que se recusam a ser vacinados, enquanto nos países pobres muitas pessoas não podem ser vacinadas mesmo que queiram.

 

Em relação a Cuba, destacou a existência de três vacinas anti-covid-19, Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus, uma conquista científica sem igual na América Latina.

 

A mensagem da pandemia, disse Sílvio, deve ser que «se houver vontade e convicção» os resultados podem ser obtidos: «Acredito que qualquer país pode alcançar o que Cuba conseguiu. Se houver menos recursos vai dar mais trabalho, mas não é impossível e nós somos o exemplo disso».

 

Sobre o impacto do bloqueio no enfrentamento da pandemia, o trovador referiu: «Os nossos cientistas tiveram de trabalhar mais devagar porque há reagentes e substâncias químicas que, como não nos vendem, temos de os comprar em locais distantes através de terceiros, isso não só atrasa, como encarece a produção», e referiu-se às complexidades causadas pelos impactos acumulados em mais de 60 anos de existência daquela política unilateral e agressiva dos Estados Unidos em relação à Ilha, endurecida com os mais de 240 medidas do governo Trump.

 

Sobre o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e seu sistema de governo, destacou: «Ele está ciente de que sua liderança inaugura uma nova etapa, um novo compromisso governo-povo. Pela primeira vez, os líderes históricos da Revolução não estão na vanguarda»; e afirmou ver um presidente «que está constantemente em movimento, a ouvir pessoas de diferentes esferas do conhecimento», enquanto denuncia o aumento dos ataques a Cuba desde 2018, quando Díaz-Canel assumiu a presidência.

Sílvio também destacou as ligações entre Cuba e a Argentina. «Toda essa cultura argentina são valores para os cubanos da Pátria Grande. Aliás, a presença do comandante Che Guevara foi outro tipo de proximidade que nos uniu novamente», disse o cantor, que também ressaltou que os governos de Néstor e Cristina fortaleceram esses laços.

Autor: Redação Cultural | internet@granma.cu

Fevereiro, 2022

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