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Cuba que oferece solidariedade, aceita recebê-la com gratidão

Se alguma coisa Cuba tentou fazer muito bem, no trilho dos princípios que nortearam durante 60 anos a sua Revolução, é que todos seus actos fossem coerentes com o sentido humano, espírito da nação.

Entre as doações realizadas a Cuba neste ano, estão as 5 mil toneladas de arroz enviadas do Vietname.

Photo: Ricardo López Hevia

 

Nada, a não ser a vocação de humanidade – que é a Pátria verdadeira entendida por José Martí – argumenta da forma mais sólida a solidariedade constante desta Ilha para com o mundo, hoje com expressões contundentes na crise de uma pandemia, geradora de tais emergências, que anulam elas próprias o contubérnio pago que procura desacreditá-la, chamando-a de oportunista.

Cuba oferece, compartilhando o que tem. E oferece mais, naturalmente, daquilo que de mais dispõe: conhecimento, profissionalismo, domínio técnico, todas essas inteligências cultivadas que, na combinação dos valores humanos dos seus filhos, eleva a cooperação à altura admirável do altruísta e nobre. Contudo, aquilo que é material, isso que lhe resulta escasso, também pode compartilhá-lo. Ou acaso partem os médicos, com o perigo de arriscar a própria vida, a combater a Covid, sem a carga acompanhante de alguns insumos, medicamentos, da logística básica para dar, aonde vão, uma ajuda mais completa?

Como entende bem, porque o pratica, o conceito do humano, também aceita com naturalidade quanto acto similar venha a ela, de ajuda, de assistência, de benefício colectivo ou singular; porque a cooperação, se for franca e desprovida de fachadas manipuladoras e subversivas, propende à irmandade entre os povos, que é, enfim, uma aspiração do socialismo.

Tal como Cuba oferece, tão disposta, igualmente recebe e agradece os gestos solidários mais diversos que, em matéria de recursos, nos chegam de distintas partes do mundo, e não coloca entraves, mas facilita a gestão para que as doações encontrem via expedita a caminho dos seus destinos.

Tão alto é valorizada a cooperação internacional entre as bases da política exterior cubana, que faz parte da projecção do desenvolvimento económico do país, e independentemente do seu alcance, é reconhecida como uma fonte de recursos e uma chance para obter fundos externos que complementam os esforços nacionais.

Dados oferecidos por Magalys Estrada, directora geral de Cooperação, do ministério do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro (Mincex), permitem precisar que desde 2012 até à data, relativamente à cooperação, entregou-se o equivalente a 1,3 bilhão (1.362.000.000) de pesos em moedas livremente convertíveis, e nos últimos quatro anos mantém um ritmo anual de 200 milhões.

«Neste contexto – agravado pelas portas que deliberadamente o Governo dos Estados Unidos fecha a Cuba, mediante um bloqueio económico, comercial e financeiro real, com o qual pretende asfixiá-la – a Ilha junta-se ao grupo dos gratos que, ao mesmo tempo que oferece, recebe com beneplácito os benefícios de uma cooperação internacional que já soma 274 oferecimentos, no valor de 28 milhões de pesos», detalhou Magalys Estrada.

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