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Acatar as medidas sanitárias tem que ser a regra

No momento em que se completam cinco meses de convivência com a pandemia, não deveria ser já necessário exortar ao cumprimento das medidas – estabelecidas desde o começo pelo Estado cubano para combatê-la – quando acatá-las com resolução deve ser a regra

Ilustração: Twitter

Embora bem apreendidas e defendidas até à exaustão pela maioria da população, ainda existe um grupo que desafia o perigo, e violando as ditas medidas sustenta a desídia, como se não fosse um crime maior pôr em risco a vida dos demais, e deitar por terra o trabalho ininterrompido de um pessoal da saúde que, repondo num breve espaço de tempo as suas forças, reempreende diariamente a marcha num combate nada simples, contra um inimigo letal e contagioso.

Acaba-se o tempo de explicar aquilo que continuamente é difundido por todas as vias possíveis. Esgota-se o tempo de tentar convencer os incrédulos de que a sua irreverência custa muito caro (mais de um bilhão de pesos dedicou o Estado cubano a combater a doença) embora não haja tocado um centavo de bolso algum. Não é justo nem permissível que as autoridades maiores de um país procurem no meio de complexos cenário tantas alternativas, para que uns poucos as arruínem.

Há apenas alguns dias, durante um percurso de cinco quilómetros, pudemos ver dois locais cheios de pessoas que participavam de uma festa, em dois lugares de Havana. Mediante outro repórter, impedido de passar por uma ruela, onde tinha lugar uma festa, em Plaza de la Revolución, soubemos desta celebração e de outras reuniões de pessoas que estão a ter  lugar diariamente, diante dos olhos de todos.

Obviamente, as mensagens de dissuasão, encaminhadas a fazer raciocinar a população, não são acolhidas pelos responsáveis, pois quando são informados os pormenores da pandemia, muitos deles dormem alheios à sua festa.

Impedir essas atitudes não pode esperar mais. Nem um dia mais pode ser permitido que aquilo que entra pela porta do bem colectivo esteja escapando pela janela, por causa do caos que espalham alguns. Será preciso voltar a utilizar alto-falantes, tal como se escutou nos primeiros dias do coronavírus, a chamada de atenção directa e sem corar, ali onde ouvidos surdos estejam destruindo o bem feito. E será preciso entender que denunciar perante os órgãos judiciários, pelo bem da vida, onde quer que se produza o facto ou o crime, é o modo mais eficaz de parar aqueles que teimam em atiçar desgraças.

Autor: Madeleine Sautié | madeleine@granma.cu

Agosto, 2020

 

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