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YO SOY FIDEL!

 

Ontem na escadaria da Universidade de Havana milhares de jovens invocaram Fidel recordando o seu legado.

“O chefe está presente todos os dias, em cada estudante que sobe esta escadaria!”, traduz o pensamento do povo cubano.

Recordo uma frase corrente em pessoas que simpatizavam com Cuba: ”Quero ir a Cuba antes de Fidel morrer”.

Ignoravam que Fidel permaneceria vivo na sua obra, na memória do seu povo e de todos os povos que conheceram a solidariedade de Cuba e daqueles que lutam pela libertação dos seus povos e por sociedades mais justas.

E como é isto possível?

Dizia Fidel que um povo culto é um povo livre e, com a sua enorme capacidade estratégica, semeou as sementes deste enorme empenho de Cuba e do seu povo nas causas mais nobres da humanidade.

É sabido que, logo após o triunfo da Revolução, o imperialismo tudo fez para a derrubar, em 1959 e 1960 mais de 50 bombardeamentos com explosivos e fósforo vivo atingiram centrais açucareiras e áreas urbanas.

Nos meses que antecederam a invasão de Playa Giron, o povo cubano foi vítima de 110 atentados com explosivos, 200 bombas, 950 incêndios criminosos, seis descarrilamentos de comboios (dados do arquivo norte-americano).

Terroristas infiltrados em Escambray assassinavam a população e destruíam casas e colheitas.

A invasão de Playa Girón por 1500 mercenários é derrotada em menos 72 horas.

Seguiu-se o terrorismo, o Plano Mangosta: 5 000 acções de sabotagem e terrorismo contra a economia e a população.

Tentativas de assassinar Fidel foram 80 (com Eisenhower e Kennedy).

O bloqueio viria a ser oficialmente declarado em 1962 com as suas nefastas consequências.

Apesar da complexidade da situação, Fidel considerou fundamental o investimento, foi fundada a Imprensa Nacional e a primeira publicação foi Don Quixote de La Mancha, o cavaleiro com ideais humanos.

“Não se pode asfixiar a arte nem a cultura quando é propósito fundamental da Revolução desenvolver a arte e a cultura, precisamente para que cheguem a ser um verdadeiro património do povo”, Nicolas Guillèn, poeta.

Apesar de todas as dificuldades, foi fundada a Academia de Artes Clássicas, o ICAIC, a Casa das Américas e a UNEAC, União dos Escritores e Artista de Cuba.

Em 1962 foi fundada a Escola Nacional de Arte onde foram admitidos alunos de todo o território para que o ensino artístico fosse estendido a todo o país.

Entre os anos 70 e 80, Cuba tornou-se uma potência cultural: fizeram-se Academias, Conservatórios, Escolas de Arte, cinemas galerias de arte.

A arte entrou nas fábricas, nos círculos infantis, nos lares de idosos.

Com a queda da URSS e apesar do agravamento do bloqueio apesar das enormes carências alimentares e dos “apagões” que chegavam a durar 16 e 20 horas diárias, nenhuma instituição de cultura foi encerrada, ”porque ser culto é a única maneira de ser livre”, ”porque a cultura é a espada e o escudo da Nação”.

Já em plena “Batalha de Ideias”, Fidel aprova a construção de novas escolas de professores de arte para consolidar as escolas, os círculos infantis e os centros culturais mais importantes da comunidade e Feiras Internacionais do Livros realizam-se em todo o país.

“Poesia não é apenas em verso ou prosa.”

Fidel não escreveu nenhum poema, na perspectiva clássica do termo, mas ninguém negará a grandeza épica e a ternura lírica da sua obra revolucionária.

Em Cuba temos grandes poemas, testemunho do progresso humano: a Reforma Agrária, a Reforma Urbana que deu casa a quem lá vivia, a alfabetização que acabou com o analfabetismo.

Isto também é poesia.

Não ter as estrelas por teto, viver como pessoas, gozar de independência e liberdade são temas de uma poesia dolorosa e de esperança.

Mas, em Cuba, essa poesia transborda, o poema supera a linguagem, concretiza a ilusão, está a o alcance da nossa mão: é enfim, uma tranquila e serena realidade revolucionária. (texto de Nicolas Guillen, Granma, 17/7/83.)

Nos dias de hoje, a América Latina e o mundo estão ameaçados pelo avanço das forças de direita, com a repressão de movimentos sociais, supressão de direitos conquistados pelos trabalhadores, com o aparecimento à luz do dia de movimentos fascistas mas sabemos que Cuba continuará a ser um inspirador para a luta dos povos!

Estamos com Cuba e Fidel vivo para sempre!

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