Seis dias depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter retirado Cuba da sua lista unilateral de países alegadamente patrocinadores de terrorismo, a administração de Donald Trump voltou a incluir o país caribenho nessa infame lista. Tal como em 2021, esta é uma medida que procura apertar a guerra económica que os EUA impõem a Cuba, pretendendo agravar o cerco que o criminoso bloqueio causa às condições de vida do povo cubano. Se dúvidas houvesse, esta exclusão/inclusão arbitrária demonstra bem o objetivo da citada lista: um instrumento que serve para alcançar fins políticos através de medidas coercivas unilaterais impostas a países e povos que nada fizeram de errado. Na verdade, a lista diz mais sobre quem a apresenta (e as suas intenções e interesses) do que sobre quantos nela constam.
A Associação de Amizade Portugal Cuba (AAPC) condena as medidas que as sucessivas administrações norte-americanas têm imposto a Cuba, incluindo a inclusão de Cuba nesta desacreditada lista elaborada por Washington. Trata-se de um ato falso, imoral e hipócrita, por parte de um Estado que é responsável pelo treino, financiamento e apoio a ações terroristas contra Cuba, um povo com provas dadas na luta pela paz e pelo progresso social.
O povo cubano conhece bem o impacto desta e de outras medidas no seu dia-a-dia: obstáculos nas relações com instituições financeiras e bancárias, dificuldades no setor turístico ou constrangimentos ao investimento, com efeitos nas áreas da saúde ou educação, pretendendo deteriorar as condições de vida, infligindo sofrimento ao povo cubano.
Perante um contexto exigente e complexo para Cuba e para a região, a AAPC valoriza o exemplo de resistência, dignidade e coragem do povo cubano que há mais de seis décadas enfrenta um cruel, criminoso e ilegal bloqueio económico, financeiro e comercial por parte dos EUA.
Expressamos a nossa firme solidariedade com Cuba e o seu povo e continuaremos a exigir o respeito pela sua soberania e independência, pelo direito do seu povo a decidir soberanamente o seu caminho, livre de ingerências externas.
23.01.2025
A direção da AAPC