A única solução sustentável para o problema existencial que representam as armas nucleares é sua eliminação total, expressou o representante permanente adjunto de Cuba, durante seu discurso na Décima Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
Cuba ratificou na ONU sua defesa a favor de um mundo livre de armas nucleares e advertiu que a manipulação política, a seletividade e a duplicidade de critérios na não proliferação devem cessar, informa o PL.
A única solução sustentável para o problema existencial que as armas nucleares representam é sua eliminação total, disse Yuri Gala, vice-representante permanente de Cuba, durante seu discurso na Décima Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
O diplomata lamentou a falta de avanços concretos no desarmamento nuclear, em particular no que diz respeito ao cumprimento das obrigações e compromissos adquiridos pelas potências nucleares 52 anos após a entrada em vigor do tratado.
Ele ressaltou que não é justo nem aceitável que um grupo de Estados Partes cumpra estritamente todas as obrigações do TNP e outros não.
Tampouco é que certos países sejam condenados e demonizados por supostas violações do regime de não proliferação pelos mesmos Estados que continuam aperfeiçoando seus arsenais nucleares, fornecendo e transferindo tecnologias, disse o embaixador cubano.
É preciso avançar de maneira abrangente na implementação do TNP e, nesse sentido, a Conferência deve concluir com um apelo inequívoco aos Estados possuidores e protegidos pelo chamado “guarda-chuva nuclear” para que cumpram suas obrigações, acrescentou.
Gala pediu respostas à reivindicação de longa data dos Estados não nucleares de ter garantias de segurança irreversíveis contra o uso ou ameaça de uso de armas nucleares.
Os Estados possuidores devem ser obrigados a fornecer tais garantias, por meio de um instrumento juridicamente vinculante, universal e incondicional, afirmou na reunião quinquenal, que terminará em 26 de agosto.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, alertou na segunda-feira na abertura da Conferência que a humanidade “é apenas um mal-entendido, um erro de cálculo da aniquilação nuclear”.
Fonte: Juventude Rebelde