Skip to content Skip to footer

O bloqueio também é um vírus, remova-o

A politica externa Norte Americana sofreu mais uma pesada derrota na Assembleia Geral das Nações Unidas onde 184 países repudiaram o criminoso bloqueio movido contra o povo cubano.

Apesar da crise pandémica que assola o mundo o bloqueio continuou a ser o eixo central da politica do governo americano.

No decurso deste ano, este sistema de medidas coercivas unilaterais manteve-se intacto, com graves efeitos nos esforços nacionais para conter a pandemia e atenuar as consequências económicas e sociais daí decorrentes.

Cuba vive há 60 anos sob o cerco de um vírus tão feroz como o que assola a humanidade hoje. Nestas seis décadas de aplicação, o bloqueio intensificou-se em momentos de maior vulnerabilidade para o povo cubano. O seu agravamento no contexto actual obriga o país a lutar contra a maior pandemia das últimas décadas e contra o mais longo e abrangente sistema de medidas coercitivas da história. Não há justificação para tal crueldade.

O Governo dos Estados Unidos identificou na crise gerada pela Covid-19 um aliado de sua política hostil contra Cuba. A má intenção de fortalecer o bloqueio nesta conjuntura revela sua particular face desumana e o marcante interesse em aproveitar a recessão económica que acompanha a pandemia para promover a instabilidade social e fazer render o povo cubano pela fome, carências.

O impacto psicológico gerado por tais efeitos no contexto da Covid-19 excede em muito qualquer valor.

Não se pode contar a angústia de um cubano que não consegue ter acesso a um determinado medicamento porque uma entidade norte-americana se recusou ou foi proibida de enviar os insumos necessários à sua produção.

A impotência causada pela impossibilidade de concretizar doações e compras feitas no exterior para fazer frente à pandemia não pode ser mensurada, pois as empresas envolvidas no seu transporte têm uma empresa norte-americana como accionista e temem ser submetidas a medidas punitivas.

Não existe um método que quantifique o risco envolvido na realização de uma transacção de importação de alimentos, que poderia ser congelada ou negada por uma entidade estrangeira que não deseja ser sujeita a milhões de dólares em multas por descumprimento de leis arbitrárias dos Estados Unidos.

Não há como justificar o desespero de um engenheiro que não consegue obter o software de que necessita para a sua actividade profissional.

O bloqueio atinge todas as áreas da economia, desde a industria ao turismo com particular efeito negativo e criminoso na saúde.

 

CUBA NÃO ESTÁ SOZINHA

No meio de todo este turbilhão de medidas unilaterais, Cuba não esteve só. A bandeira cubana foi hasteada nas caravanas que, em mais de 50 cidades do mundo, várias delas norte-americanas, construíram pontes para exigir o fim do bloqueio e para chamar o actual presidente Joe Biden para reverter as mais de 240 medidas, que seu antecessor Donald Trump impôs contra nosso país.

Tal como o vírus causador da pandemia, o bloqueio separa, sufoca e assedia. Lidar com as vicissitudes que dele decorrem não foi uma tarefa fácil, mas uma empreitada em que o papel principal foi desempenhado pela resistência do povo cubano e sua decisão inabalável de defender a Pátria livre, soberana e independente.

Todo o cubano, dentro e fora do país, experimentou em primeira mão a crueldade injusta e desproporcional do governo de uma nação que não suporta a ideia de um modelo alternativo bem debaixo do seu nariz.

Junho, 2021

Leave a comment