Apesar de que na quarta-feira, 24, apenas se ter registado um caso, isso não nos pode empurrar para alterar as condutas
Autor: Yudy Castro Morales
Junho, 2020
Foto: Dunia Álvarez Palacios
Apesar do anúncio da passagem à recuperação não poderão ser descuradas as medidas sanitárias.
Quarta-feira, 24 de Juno, Havana e o país – que neste caso é o mesmo, e não por chauvinismo capitalino ou algo parecido– amanheceram com um só caso positivo à Covid-19, o que confirma a tendência favorável descendente dos últimos dias; uma muito boa notícia, sem dúvida, para a província que concentrou o epicentro e cauda da pandemia. Mas as estatísticas a favor não podem empurrar-nos para condutas contrárias à defesa contra a Covid 19.
Seria totalmente insensato, por exemplo, ceder na disciplina e na responsabilidade para nos animar e perdermos a percepção de risco mediante uma «desconfinação» por conta própria.
É certo que, a estas alturas, desejosos e até desesperados por dar fim aos dias de confinamento, muitos preferimos pôr a vista – e a esperança – nas proporções optimistas que significa a relação entre as tantas amostras estudadas e os números mínimos de casos positivos.
O dado é, com efeito, sumamente esperançoso; mas ninguém deve deixar de pensar nos riscos que subsistem, e que qualquer imprudência, hoje, nos faria recuar em todo o ganho.
Os moradores de Havana, tal como disse o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz, na sua conta oficial no Twitter, «já estamos a ver a luz no fim do túnel. O nosso povo merece um bom verão. Não obstante, devemos manter sempre as medidas de higiene».
É precisamente disto que se trata, de não baixar a guarda para conseguir, de uma vez e por todas, como bem o definiu Marrero, «acabar de vez com o novo coronavírus», e fazer com que Havana, por tudo aquilo que significa para a vida económica e social do país, possa começar a transitar, mais cedo do que tarde, para a primeira fase da recuperação.