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As FARs frente à Covid-19: o povo que salva o povo

A máscara não me deixa ver o seu rosto claramente, mas não é necessário. Enquanto ela fala, o brilho dos seus olhos denota a tranquilidade de alguém que cumpre o seu dever acima de tudo, e as suas palavras confirmam isso mesmo

Autor: Gladys Leidys Ramos | internet@granma.cu

Abril, 2020

Foto: José Manuel Correa

 

Membros da Brigada de Prevenção das Forças Armadas Revolucionárias e do Regimento de Tropas Especiais da Região Militar de Havana estão atualmente a realizar na capital um intenso esforço para aumentar a conscientização dos perigos da Covid-19. 

 

«Eu sou de Guantánamo. Embora no momento eu esteja longe da minha menina de três anos, continuo com o meu trabalho de apoiar, a partir da prevenção, que as medidas contra o novo coronavírus sejam cumpridas por cada uma das pessoas que andam necessariamente pelas ruas», afirmou a subtenente Maviannis Viquillón Fajardo, membro da Brigada de Tropas de Prevenção das Forças Armadas Revolucionárias (FARS), na capital.

Jovens como Maviannis, pertencentes a esta brigada, percorrem a cidade várias vezes ao dia, juntamente com membros do Regimento de Tropas Especiais da Região Militar de Havana, com a missão de contribuir para a realização de acções sanitárias contra a disseminação da Covid-19.

Nesse sentido, Yosumi Plana Trenche, uma pedestre que testemunhou o trabalho dos membros das FARS, realçou a importância do trabalho das tropas de prevenção com esse objectivo de elevar o nível de consciência das pessoas que, como ela, devem sair para a rua necessariamente.

As suas palavras foram unidas pela gratidão de outros entrevistados, que reconheceram o impacto positivo dessas e de outras acções preventivas que o governo cubano está adotando contra a propagação do vírus mortal e a proteção da população.

Nesse sentido, o coronel Daniel Sagó Rivera, chefe do Estado-Maior da Brigada, explicou que esse trabalho conjunto consiste em, por meio do serviço de vigilância e patrulha, evitar a permanência de crianças e idosos nas ruas, lembrando as pessoas dos elementos essenciais: uso das máscaras, além de estabelecer as distâncias nas filas das lojas e mercados.

A importância do seu trabalho era palpável no município de Plaza de la Revolución, onde as multidões continuam a fazer compras e vários transeuntes não levavam máscaras de proteção; enquanto os soldados e oficiais dessa instituição das FAZ tentam dar a conhecer o perigo da doença, pela persuasão e pelo diálogo.

«O sucesso dessas medidas não está apenas na responsabilidade das autoridades de executá-las, mas contribui significativamente para esse esforço. O nosso trabalho realmente termina com a real conscientização das pessoas e que elas assumam a percepção do risco à saúde que esse novo coronavírus representa para elas e suas famílias», afirmou o militar.

Da mesma forma, o chefe do Estado Major da Brigada de Tropas de Prevenção fez referência à confiança que a liderança do país depositou nesses jovens soldados, muitos dos quais estão a servir no serviço militar activo.

«Pedimos à população que confie neles, porque agora eles são os protagonistas dessas acções e realizam-nas com integridade. Eles sabem da conversa necessária com as pessoas, a partir do respeito, além do lembrete sobre as medidas que protegem todos nós igualmente».

Um rosto que exemplifica o argumento de Sagó Rivera é o do cabo Reyder Rodríguez Huerta, que, com apenas 19 anos, se sente preparado para assumir uma missão tão importante, porque tem o treino que recebe diariamente durante a execução do seu serviço militar, o apoio da sua família, além da vontade de ser útil ao seu país.

Rodríguez Huerta considerou, tal como Maviannis Viquillón, que esta é agora a missão mais importante. Sair às ruas e convencer o povo da capital a tomar os cuidados necessários diante da pandemia da Covid-19 tornou-se a maneira de servir a Pátria, sem esperar por reconhecimento.

As tarefas realizadas hoje pelas tropas especiais e de prevenção das FARs, lideradas por jovens como Rodríguez Huerta e Maviannis Viquillón, espalharam-se por todo o território nacional, com a premissa de preservar o bem-estar de todos.

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