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Cuba tem um novo sistema de programas e projetos de ciência, tecnologia e inovação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente apresentou uma abordagem integrativa que permitirá uma gestão mais eficiente e articulada do financiamento disponível para as suas actividades no período 2021-2025

Autor: Redação Digital | informacion@granma.cu

Fevereiro 2020

Foto: Freddy Pérez Cabrera

 

 

A ciência e a inovação são chamadas a desempenhar um papel fundamental na substituição de importações e na geração de novos produtos com alto valor agregado.

 

No contexto das verificações sistemáticas do Programa de Ciência realizadas pelo presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, as autoridades do Citma apresentaram a proposta de programas nacionais de ciência, tecnologia e inovação para o período 2021-2025.

A iniciativa, de acordo com o jornal Juventud Rebelde, cuja apresentação foi liderada pela chefe da Citma, Dra. Elba Rosa Pérez Montoya, faz parte da implementação das políticas de ciência, tecnologia e inovação (CTI) estabelecidas pelos documentos que emanam dos Congressos do Partido.

Obtenção de novos conhecimentos; o desenvolvimento e assimilação de novos materiais e tecnologias; e o desenvolvimento de produtos e serviços novos e aprimorados com alto valor agregado, segundo o Dr. Armando Rodríguez Batista, vice-ministro do Citma, constituem os objetivos do novo programa e sistema de projetos do CTI.

Onze programas nacionais de CTI para o período 2021-2025 também foram construídos sobre as experiências operacionais das actuais, que hoje são mais de 30; e foram preparados em consulta com a Academia das Ciências de Cuba, as Organizações da Administração Central do Estado (OACE), os OSDEs, as entidades nacionais e os territórios.

Eles levarão, ao mesmo tempo, à formação de programas sectoriais e territoriais com base em objectivos, princípios e indicadores, e incluirão um cronograma de implementação que garanta sua inclusão no Plano de Economia.

«Empresas e entidades devem participar como requerentes da inovação e fazer parte de sua garantia», afirmou o presidente da República na verificação mais recente do Programa de Ciência.

 

Entre os requisitos exigidos desses programas está a provisão de financiamento misto (orçamento do Estado, negócios, créditos, fundos, contribuição territorial especial, projectos internacionais e outros); a integração de várias entidades na obtenção do resultado (universidades, entidades CTI e outras); e a participação de empresas que geram cadeias produtivas. Eles também devem ter uma dimensão social, o que implica a inclusão de ciências sociais e humanísticas.

O dr. Rolando Pérez Rodríguez, diretor de Ciência e Inovação da Biocubafarma, destacou que a nova estrutura promove uma integração sectorial muito forte, que deve permitir passar da tradicional «oferta de conhecimento» para a «demanda por conhecimento»; isto é, «que ciência e tecnologia se tornem um aumento no Produto Interno Bruto (PIB)»; «Isso além dos indicadores clássicos; vamos a indicadores de como estamos impactando a economia».

O ministro do Citma disse a esse respeito que a «demanda» por ciência, por conhecimento, deve ser sentida pelas entidades, mas isso nem sempre acontece. Díaz-Canel indicou discutir a nova proposta de programas de CTI com todas as entidades, inclusive os Conselhos Governamentais da OSDE, como proposto pelo vice-ministro de Citma Armando Rodríguez Batista.

«É muito importante» — acrescentou o presidente da República — «que as organizações tenham uma visão sobre elas, participem como requerentes de inovação e façam parte de sua garantia».

NA TERRA DA CIÊNCIA

– O Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) é «o conjunto de atores sociais que atuam na esfera nacional e a articulação dinâmica de suas competências».

– A infraestrutura de ciência, tecnologia e inovação cubana inclui 222 entidades do CTI (incluindo 136 centros de pesquisa) e 52 universidades, às quais estão vinculadas 30 entidades do CTI e 94 escritórios municipais.

– No país, existem 89.214 pessoas dedicadas às atividades de CTI, 53% são mulheres. O pessoal dedicado à pesquisa e desenvolvimento nas entidades do CTI totaliza 57 198 trabalhadores; 54% são mulheres. 77% da equipe possui formação superior ou técnica; 6 954 pesquisadores são categorizados, 47 por cento mulheres.

– Os programas de CTI constituem um conjunto integrado de diversas atividades organizadas principalmente em projetos (que são a célula básica) e cujo objetivo é resolver os problemas identificados como prioritários. Eles visam atingir resultados e impactos específicos em um determinado período. Os programas nacionais levam a programas setoriais e territoriais.

– Os Programas Nacionais se concentrarão em pesquisas fundamentais que contribuam para o avanço da ciência, tecnologia e inovação, pesquisas destinadas a responder aos objetivos da projeção estratégica do país – inovação – e propostas para a tomada de decisões. Os onze programas nacionais agora propostos são:

   Produção de alimentos e seu agronegócio.

   Agroindústria de cana-de-açúcar.

   Envelhecimento, longevidade e saúde.

   Automática, robótica e inteligência artificial.

   Desenvolvimento energético integral e sustentável.

   Telecomunicações e informatização da sociedade.

   Biotecnológico e farmacêutico.

   Nanociência e nanotecnologias.

   Adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

   Ciências básicas e naturais.

   Ciências sociais e humanísticas.

– Os Programas Setoriais terão como foco a pesquisa aplicada, o desenvolvimento e, em particular, a inovação, destinados a cumprir a ordem estadual das organizações e entidades, com o objetivo de ampliar os resultados da pesquisa e diversificar os produtos com destino de marketing. Para isso, cada organismo e entidade nacional deve organizar programas setoriais, que permitam orientar a pesquisa e avaliar a contribuição de seus resultados na atividade de que é reitor.

– Os programas territoriais respondem às prioridades das administrações locais; seus resultados beneficiam o desenvolvimento local integral, a gestão social, ambiental e as cadeias de conhecimento, produtivas e de valor do território, para que se concentrem mais na inovação. Para isso, cada administração local deve organizar programas territoriais que permitam orientar a pesquisa e avaliar a contribuição de seus resultados no desenvolvimento do território.

(Com informações da Juventude Rebelde)

AAPC (Extrato da noticia publicada no jornal da Juventude Rebelde)

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