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Pela medalha de ouro da paz

Lágrimas de alegria, abraços, apertos de mão e beijos convergem na meta quando o suor inunda o corpo e a mente do vencedor ainda não assimila que nasceu um campeão, ao qual venerarão em gratidão por tanto esforço

Autor: Alfonso Nacianceno enviado especial | informacion@granma.cu

Agosto, 2019

 

Photo: Granma

 

A imagem de amizade, paz e solidariedade entre os povos deixada pelos Jogos Pan-Americanos em Lima é ao que devemos aspirar no nosso continente. 

Os jogos múltiplos, como estes Jogos Pan-americanos, aos que não faltou sequer um dos 41 países da região para apoiar a sua razão de ser quando repetem «todos nós jogamos», vão para a história marcados pela bela realidade de ter muitas pessoas boas reunidas neste grupo de povos que é a nossa América.

Passaram-se dias intensos querendo ver tudo, sabendo não poder cobrir as centenas de testes de um calendário que nos levou longe de casa e da família por mais de duas semanas, mas do que a nostalgia pelos entes queridos é compensada pela bondade de ver a juventude do continente partilhar, com o desejo mais saudável de ampliar a Grande Pátria.

Por essas razões, todas vezes que venho cobrir um desses festivais na América, faço a mesma pergunta: Como é possível que, fora desse nobre ambiente competitivo, o homem não saiba viver em paz com seus semelhantes?

Senti a mesma preocupação quando em 2018, durante os Jogos Centro-americanos e Caribenhos de Barranquilla, a recepção da delegação cubana ultrapassou os limites da amizade povo a povo, para ascender a uma irmandade expressa pelos anfitriões nos estádios. Quando vi tantas pessoas boas, pensei: Como é possível que a guerra fratricida que sangra a Colômbia leve décadas, ainda sem uma solução definitiva?

Houve muitos que se aproximaram de nós para agradecer a contribuição abnegada de Cuba às conversações de paz em Havana. Eles eram homens e mulheres ansiosos por essa fraternidade que espontaneamente mostrava aos visitantes dos locais de desportos de Barranquilla para cobrir o país inteiro com a respiração, para viver em paz.

Voltei ao Peru pela segunda vez na vida, e a mão amiga que nasce da arquibancada, da rua, do próprio evento em conclusão, leva-me a refletir sobre se a espécie humana ameaçada, como Fidel previu anos atrás, será tão irreflexiva para não perceber que um mundo melhor é possível. Vamos começar a imitar o que nos ensinam essas imagens de companheirismo, expandiram para o universo a partir destes Jogos Pan-americanos.

   

Setembro, 2019

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