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Se você piscar, não verá o Mijaín vencer

Imparável Mijaín chegou a escrever com letras de ouro a história de sua última participação nos Jogos Pan-Americanos

Autor: Alfonso Nacianceno enviado especial | informacion@granma.cu

Agosto 2019

Mijaín Lopez. Photo: Gutiérrez Gómez, Osvaldo

 

LIMA.— Durante os Jogos da América Central e o Caribe de Barranquilla 2018, eu mal vi Mijaín López competir. Ele impôs um registo de menos tempo de permanência no colchão. Lembro-me que o seu combate mais extenso durou 24 segundos. Inclusive, a discussão do ouro resolveu-a em 17 segundos.

Foram vitórias, uma após a outra. Então, levando em conta essa história, teríamos que perguntar àqueles que na quinta-feira, 8 de agosto, testemunharam como discutiu o primeiro lugar contra o venezuelano Moisés Pérez, na divisão de 130 kg, saíram satisfeitos, ou se o lutador, natural de Pinar del Rio, lhes concedeu tempo limitado para desfrutar de sua luta greco-romana.

Pelo menos para este escritor, mais uma vez ele os deixou com desejos de continuar a vê-lo em acção.

Dos Jogos Pan-americanos efetuados na República Dominicana em 2003, até hoje, o embaixador destes Jogos e porta-bandeiras da delegação cubana, varreu nas edições do Rio de Janeiro 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e aqui. Cinco oportunidades em que seus oponentes ficaram atordoados.

Se alguém acha que a esta corrida única em vários ciclos olímpicos está faltando algum tempero, então lembre-se dos cinco cetros mundiais de Mijaín, aos que une as alegrias de ouro do Rio de Janeiro 2016, Londres 2012 e Pequim 2008, sucessos que não o fizeram variar um centímetro de caráter simpático e gentil que o caracteriza fora de cenários competitivos.

Imparável, Mijaín chegou a escrever com letras de ouro a história de sua última participação nos Jogos Pan-Americanos.

 

YARISLEY SILVA MOSTROU NOVAMENTE QUE É UMA ATLETA FEITA PARA A HORA ZERO

Yarisley Silva provou mais uma vez ser um excelente concorrente. Foto tirada da Internet

 

Os jovens e a experiência do atletismo cubano se uniram nesta quinta-feira, 8, para dar à Ilha maior das Antilhas mais duas medalhas de ouro nesses Jogos Pan-americanos. Uma mulher consagrada como Yarisley Silva no salto com vara e uma estreante gigante que responde ao nome de Adriana Rodríguez banhada em ouro no estádio Videna, na capital peruana.

Yarisley foi a primeira a ganhar uma medalha de ouro, num evento bastante emaranhado e emocionalmente carregado desde o início. Ela mostrou novamente que é uma atleta feita para a hora zero. Quando toda a pressão do mundo cai sobre seus ombros, Yarisley sempre foca seus olhos no mais alto e só pensa em chegar imaculada ao colchão de salto. De novo e de novo, diante da adversidade, essa mulher de pequena estatura, mas com um coração imenso, consegue.

A tricampeã pan-americana superou os 4,75 metros no último pulo e venceu a norte-americana Kathryn Nageotte (medalha de prata com 4,70),

Falando à imprensa disse que «este foi um ano muito difícil. A competição foi fenomenal, já que me obrigou a procurar uma estatura mais alta (4,75) e eu consegui na única oportunidade que tive», disse Yarisley.

O júbilo foi palpável na delegação cubana presente no estádio, mas a emoção total transbordou quando a jovem de vinte anos Adriana Rodríguez venceu no heptatlo, com 6.113 pontos.

Um dia antes, Adriana estava na segunda posição, com 3.730 pontos, apenas a 36 pontos da líder provisória, a trinitária Tyra Gittens. Mas na quinta-feira Rodriguez fez o mais forte dos sete testes, o salto em distância e com um salto de 6,46 metros quase garantiu a coroa de ouro.

Tudo indica que Adriana teve o prazer de triunfar no Peru, porque há dois anos foi titulada nesta nação no Pan-Americano Sub-20 e agora repetiu a vitória novamente.

ESPADAS DE CUBA COM BANHO DE OURO

A equipe masculina de espada venceu na final a Argentina, acrescentando essa medalha à de bronze conseguida no individual, por parte de Yunior Reytor.

Na segunda semifinal, a Argentina venceu os Estados Unidos por 45 toques por 38, e passou a discutir o ouro contra os cubanos.

PROTAGONISMO CUBANO EM 200 METROS

Dois carros de corrida cubanos chegaram à final de 200 metros quadrados. Os velocistas Reynier Mena (20,56 segundos) e Roberto Skyers (20,66) avançaram para a discussão do título no hectómetro duplo. O primeiro correu confortável e foi visto em melhor forma em comparação com o seu ataque nos 100 metros nos dias anteriores. Skyers, entretanto, saiu um pouco sentado e na curva ele não estava entre os três primeiros, mas quando ele tomou a recta, ele levou todo o seu poder e passou em segundo na linha de chegada, muito perto do veterano panamenho Alonso Edward (20,65).

Os velocistas antilhanos vão disputar a final nesta sexta-feira, onde o próprio Eduardo e o equatoriano Alex Quiñonez partem dos favoritos do ouro. Mas tenha cuidado, um dos dois cubanos pode entrar no pódio.

Na final dos 400 metros com barreiras, a cubana Zurian Hechavarría obteve a medalha de bronze, ao ser desqualificada a corredora canadense Sage Watson.

No martelo para os homens, Reinier Mejías e Roberto Janet ficaram abaixo de suas notas e não puderam ser incluídos no pódio de medalhas. Mejías foi penúltimo em um teste de 11 competidores, tendo dois lances nulos e um único arremesso válido (67,50 metros).

O REMO «PESCA» MEDALHAS

No primeiro dia das finais no remo pan-americano, a representação da Ilha maior das Antilhas tirou do lago Albufera Medio Mundo uma medalha de ouro e duas de prata, em um total de quatro finais programadas

Este desporto, mais uma vez, contribui com medalhas para Cuba e espera-se que nos próximos dois dias obtenha mais. O resultado de maior relevo foi para a dupla cubana de dois pares de remos curtos, conformada por Aimée Hernández e Yariulvis Cobas, as que cruzaram a meta com um tempo de 7m10s74.

A segunda e terceira colocações foram para as duplas dos Estados Unidos (7:12.72) e a Argentina (7:18.85).

Na mesma especialidade, mas nos homens, Boris Guerra e Adrián Oquendo entraram segundos, após remar durante dois quilômetros (6:27.43). A dupla argentina de Rodrigo Murillo/Cristian Rosso (6:25.16) conquistou o ouro, e a terceira colocação foi para o Brasil (6:29.72).

A outra de prata coube ao time de quatro remos masculino integrado por Eduardo González, Carlos Ajete, Reidy Cardona e Jesús Rodríguez (6m09d53 minutos). Venceu a representação da Argentina (6m07s02), entretanto o Brasil assegurou o bronze (6m10s67).

JUDÔ CONTRIBUI COM TRES MEDALHAS

O time de judo conseguiu uma medalha de prata e duas de bronze no primeiro dia deste desporto em Lima. Na final dos 48 kg, a cubana Vanesa Godínez perdeu para a dominicana Estefania Soriano por wazari. Nas semifinais, Vanesa havia derrotado por desqualificacão a campeã olímpica e mundial Paula Pareto, da Argentina. Na divisão dos 52 quilos, Nahomys Acosta teve que se esforçar para ganhar o combate pelo bronze à dominicana Diana de Jesus.

Outra de bronze obteve Roberto Almenares nos 60 kg. Almenares perdeu por imobilização nas semifinais para o brasileiro Renan Torres. Na discussão do bronze, o cubano venceu por ippón o dominicano Elmert Ramírez.

 

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