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Solidariedade com a América Latina

 

Caros companheiros,

 

Uma vez mais estamos presentes num acto de solidariedade com os povos da América Latina, denunciando as acções criminosas cometidas contra os povos deste continente, violando direitos humanos tentando dominar aqueles que se levantam em defesa de políticas mais humanas, tentando libertar-se de um passado de miséria e morte, vítimas do analfabetismo, da ausência de cuidados médicos e outras maleitas do subdesenvolvimento, consequência de um passado de miséria e morte do passado colonialista a que foram sujeitos pelo conquistador europeu e pelo imperialismo norte-americano que, assumidamente, ressuscita a Doutrina Monroe. O Mundo vive um momento de grande complexidade a nível internacional, quando se avolumam os perigos para os povos, por via da poderosa ofensiva imperialista que se traduz num retrocesso civilizacional, em instabilidade, insegurança e conflitualidade permanentes. O que agora impera é o desrespeito pelo Direito Internacional, a ingerência e a conspiração, a usurpação e subjugação dos povos pela força bélica, a militarização das relações internacionais, a corrida aos armamentos, o financiamento e armamento de grupos que desestabilizam países, utilizando a mentira ,a intriga e a conspiração para justificarem os seus crimes.

Perante esta política agressiva que ofende os mais elementares direitos dos povos deste continente, uma Europa amorfa, quando não submissa aos ditames do imperialismo, ela própria incapaz de suster o desenvolvimento de forças internas de cariz fascista, utilizando os seus peões que mistificam a realidade, apoiados numa comunicação social corrupta, dominada por grupos económicos.

Um triste exemplo desta realidade é o títere que hoje ocupa o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros que, mistificando a realidade venezuelana, atua em manifesta e vergonhosa cumplicidade com a política yankee, actuando contra os interesses da comunidade portuguesa.

A Venezuela e o seu povo são alvo de inaceitáveis e perigosos actos e manobras de desestabilização que, acompanhadas de uma campanha internacional de mentira, deturpação e calúnia, levaram a cabo uma sucessão de tentativas de golpes de Estado, sabotagens, desestabilização através da mobilização de mercenários e um criminoso e chocante bloqueio que visam atingir o processo da Revolução Bolivariana, as suas importantes conquistas sociais e democráticas e o legítimo poder político do Presidente Nicolas Maduro e do Governo Venezuelano.

Não reconhecem o Presidente Maduro, conforme justificação do Sr. Ministro Santos Silva, devido à baixa participação no acto eleitoral, dizem. Se levassem estes princípios para os processos eleitorais realizados na Europa, ficavam sem governos presidentes da Republica e o próprio Parlamento Europeu seria ilegítimo uma vez que praticamente todos os actos eleitorais para estes órgãos tiveram percentagens abaixo, em alguns casos muito abaixo, das que elegeram o Presidente Nicolás Maduro.

 As contradições destes democratas das democracias da hipocrisia são incontáveis e permanentes e é assim, que não vemos estes símbolos das liberdades e dos direitos humanos contestarem o assassinato de mais milhares de líderes de movimentos sociais na Colômbia, e no México, durante o processo eleitoral para as presidenciais só até 26 de Maio do ano transacto foram assassinados 102 políticos e candidatos em todo o país. Mas preocupa-os os direitos humanos na Venezuela onde o povo é espoliado pelo boicote total a que a sua soberania está sujeita e as dificuldades têm raiz no crime cometido pelo criminoso bloqueio que lhes é imposto.

A violenta ofensiva do imperialismo, particularmente na região, é caracterizada por uma sucessão de golpes, manobras de ingerência, ameaças militares, bloqueios e sabotagens económicas que visam fazer regredir o rumo de progresso, de afirmação soberana e democrática e de cooperação solidária que há mais de 16 anos foi iniciada na América Latina com o contributo de Cuba e da Venezuela.

Em Cuba, a evolução da situação económica e social continua a ser fortemente condicionada pelo Bloqueio dos EUA, através da aplicação da Lei Helms Burton que agravou ainda mais a autêntica guerra económica contra Cuba, ilegítima e ilegal no quadro do direito internacional. O Bloqueio atenta frontalmente contra a soberania de Cuba e viola o direito do povo cubano ao acesso a bens materiais essenciais nos sectores da saúde, alimentar, da educação, desporto, cultura, e desenvolvimento, implicando pesados prejuízos e consequências nefastas para a economia e finanças de Cuba.

Apesar de isolada internacionalmente, contando apenas com o apoio do governo sionista de Israel e derrotada repetidamente nas votações na Assembleia Geral da ONU, a Administração Norte-Americana persiste em agravar o Bloqueio a Cuba.

A AAPC sublinha e saúda a determinação do povo cubano e da liderança política da revolução socialista que, apesar dos impactos do bloqueio e das manobras hostis de ingerência e desestabilização de que é alvo, continua a garantir ao seu povo direitos e condições de vida que colocam Cuba nos mais altos níveis de desenvolvimento humano da região da América Latina e em algumas áreas em posição similar ou mesmo superior a países europeus ou aos EUA.

 

Saudamos todos os povos que lutam pela sua soberania, pela liberdade e democracia, que não aceitam subjugar-se aos ditames do imperialismo.

 

Somos solidários e tudo faremos para que o nosso humilde contributo ajude no reforço necessário para enfrentar esta ofensiva crescente do Imperialismo.

 

A Luta em defesa da Paz é uma prioridade para que os povos possam intensificar a sua marcha libertadora conquistando direitos sociais, condições de uma vida digna e defendam a sua soberania.

 

Intervenção da AAPC na sessão de Solidariedade com os Povos da América Latina

Casa do Alentejo 06.06.2019

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