O general-de-exército, Raúl Castro Ruz, primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, e o segundo secretário do Partido, José Ramón Machado Ventura, presidiram o encerramento do grande evento dos trabalhadores em Cuba.
Autor: Nuria Barbosa León–internet@granma.cu
Autor:Yudy Castro Morales–internet@granma.cu
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«A inércia, a justificação e o derrotismo sempre serão prejudiciais, mas especialmente agora que é preciso aumentar a poupança, a necessidade da substituição de importações, o desenvolvimento das exportações e combater o roubo e as acções ilegais, bem como ordenar o ambiente monetário, os salários e as gratuidades», afirmou o segundo secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Machado Ventura, no encerramento do 21º Congresso da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC).
Com a presença do general-de-exército Raúl Castro Ruz, primeiro secretário do Partido, e Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, ocorreu a apresentação do novo secretariado da CTC, e que foi ratificado o membro do Secretariado Político, Ulises Guilarte de Nacimiento, como secretário-geral dessa organização.
Nas suas palavras, Guilarte de Nascimento reconheceu os desafios do movimento sindical para continuar a contribuir para a eficiência da economia e converter em realizações o lema que presidiu o Congresso: Unidade, Empenho e Vitória.
No próximo 1º de Maio, disse, «vamos sacudir as entranhas da terra com o firme passo de milhões de cubanas e cubanos».
Durante o encerramento do Congresso, foram entregues obras volumétricas do artista Maikel Moret, com frases alegóricas de Fidel, Raul e Camilo Cienfuegos, ao general-de-exército, a Díaz-Canel e a Machado Ventura, que reconhecem o desempenho revolucionário desses líderes e suas contribuições para movimento sindical.
Também estavam presentes, entre outros membros do Secretariado Político, Salvador Valdés Mesa, primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, e Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular e outros funcionários do Partido e do governo.
O MOVIMENTO SINDICAL NA VANGUARDA NA SOCIEDADE CUBANA
Os debates da manhã da sessão final concentraram-se no papel que o movimento trabalhista deve desempenhar na sociedade cubana actual e nos desafios e responsabilidades dos trabalhadores nos sectores produtivos e de serviços do país.
Vários delegados expressaram a sua apreciação sobre a análise desenvolvida no conclave, observando que a vitória na batalha económica será obtida com o apoio dos trabalhadores, desde que estejam unidos e haja uma proposta de mudança nos seus modos de produção, para alcançar maior riqueza.
Teve lugar um apelo para trabalhar em prol da defesa do país, contra o ataque e a agressão imperialista, impulsionadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, e para aumentar os indicadores económicos, reconhecendo que o valor humano é essencial para o processo de construção do socialismo.
Todos expressaram o seu desejo de marchar no dia 1º de Maio em apoio à Revolução, com iniciativas próprias que reflitam a continuidade do processo social iniciado em 1º de janeiro de 1959 e o apoio às justas causas defendidas na arena internacional.
O trabalho realizado na Venezuela pelas diferentes missões cubanas também foi reconhecido e o compromisso com a Revolução Bolivariana foi expresso.
Também foram apresentados os pareceres elaborados por cada uma das comissões de trabalho, as que analisaram o desempenho do movimento operário na construção do socialismo, essencialmente em duas das grandes batalhas: a economia e a defesa do país.
Luis Castanedo, secretário da CTC em Havana, referiu-se a questões chaves para consolidar um sindicato forte, que tenha repercussões em cada local de atuação. São necessárias, disse, «a preparação económica, política e trabalhista dos líderes e trabalhadores, a ligação mais sistemática e oportuna com o coletivo; a eficácia no desenvolvimento das reuniões com os filiados como essencial para impulsionar a economia e combater a indisciplina, o roubo e a corrupção».
Também o Dr. Eudecel Espinosa, da policlínica Ernesto Che Guevara, na província de Granma, disse que em cada local os trabalhadores devem «estar à altura daqueles que deram glória ao país, não importa se é um local de trabalho grande ou pequeno. Cuba é pequena e deu lições gigantescas ao mundo».
A Heroína do trabalho da República de Cuba, Juana María Blanco, de Spiritus Santos, do sector do açúcar, durante as suas palavras, resumiu o espírito deste 21º Congresso da CTC, «trabalhar duro para seguir em frente e ter sucesso».
O dia terminou com a aprovação do relatório central do 21º Congresso da CTC e uma declaração de solidariedade que aborda a situação internacional e o avanço da direita, com o objectivo de derrubar os processos progressistas do mundo. O documento reconhece a necessidade da unidade dos trabalhadores para alcançar uma verdadeira integração social.
Também condena a Lei Helms-Burton, o bloqueio e as políticas intervencionistas e extraterritoriais; e pede para intensificar o trabalho com as organizações do continente, apoiando a Revolução Bolivariana da Venezuela, exigindo a libertação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e defendendo a integração da América Latina, e apela à solidariedade permanente com os trabalhadores lutando contra o capitalismo.