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Mais de três milhões de assinaturas em Cuba pela paz na Venezuela

A União dos Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), em anúncio a 21 de Fevereiro, denunciou o concerto organizado pelo bilionário britânico Richard Branson, em Cúcuta, Colômbia. «O que for arrecadado nunca chegará nem perto dos activos bancários venezuelanos que embarga o governo dos EUA e alguns de seus aliados, nem aos pagamentos de petróleo retidos pela administração norte-americana, nem aos recursos que os governos ocidentais bloqueiam para que não cheguem aos venezuelanos. O único interesse da iniciativa é intensificar a campanha desenfreada dos média contra a Venezuela», diz o documento.

 

Autor: Nuria Barbosa León

 

Foto: Mayda Medina Entenza

 

O alemão Elías Korte apoia a Venezuela com a convicção de rejeitar a guerra em qualquer lugar onde ocorra.

Amplos sectores da população de Cuba expressaram, com a sua assinatura, uma resposta enérgica e em massa de solidariedade e em defesa da Revolução Bolivariana da Venezuela e contra as pressões crescentes e acções dos Estados Unidos, que preparam uma invasão militar, sob o pretexto de «intervenção humanitária» contra a Pátria do Libertador Simón Bolívar e do comandante desaparecido Hugo Chávez Frías.

Conheceu-se que essa acção também foi acompanhada por muitos residentes estrangeiros temporários na Ilha maior das Antilhas.

A recolha de mais de três milhões de assinaturas reafirma apoio à democracia nesse país sul-americano e convoca as forças populares em todo o mundo para se mobilizarem pela paz, o respeito à soberania, independência e autodeterminação dos povos.

O estudante alemão Elias Korte, disse ao Granma Internacional que a sua assinatura pode ajudar a prevenir a intervenção militar na Venezuela: «Não quero que ocorra uma guerra ou conflito armado dos países europeus ou dos Estados Unidos contra a nação irmã andina», disse o jovem que mora na cidade de Bochum, no centro-oeste da Alemanha.

Opinou que a política dos Estados Unidos em relação à Venezuela não é honesta, porque busca saquear os recursos naturais dessa nação do chamado Terceiro Mundo, principalmente do petróleo e do ouro. Também comentou que o presidente Donald Trump não está interessado no sofrimento causado ao povo venezuelano com a imposição de um bloqueio comercial e o roubo de suas contas bancárias no exterior.

O chileno Alberto Patricio Reyes Reyes revelou que assinou pela dignidade dos povos do Sul, liderada hoje pelos venezuelanos. «Cuba é nossa força para nos inspirar na sua Revolução. Este processo social e político foi o guia para os países da América Latina. A Venezuela deu-nos outra luz e não podemos permitir que essa luz se apague, porque significa as nossas esperanças», ressaltou o activista político, membro da organização internacional Paz, Justiça e Dignidade dos Povos.

«Ainda sentimos os benefícios obtidos pelas nações do Terceiro Mundo com programas sociais nos sectores de saúde, educação, cultura e desporto, além de outras batalhas que colocaram um freio no capitalismo brutal. Assinamos para apoiar a Venezuela e demonstrar que a Revolução Bolivariana é acompanhada por todos os povos da América Latina e do mundo», acrescentou o entrevistado.

O neozelandês Patrick Brown é muito firme e levanta a voz contra uma agressão armada contra a Venezuela. Reagiu categoricamente ao levantar seu punho direito e pedir: Mãos fora de Venezuela! Ele quer que o governo dos Estados Unidos respeite a democracia, que se manifesta no apoio constitucional recebido pelo presidente Nicolas Maduro, quando nas eleições de maio passado venceu com mais de seis milhões de votos.

O também membro do Partido Liga Comunista da Nova Zelândia pediu a paz para a nação sul-americana, para que ela possa avançar com as suas propostas de mudanças rumo ao desenvolvimento e disse que os venezuelanos precisam progredir e esta finalidade só pode ser alcançada com a vitória de sua Revolução Bolivariana.

O empresário grego Babis Vorreas salientou que a Venezuela está a ser ameaçada, porque é um país com grandes reservas de petróleo, e assim aconteceu com a agressão norte-americana contra o Afeganistão, Líbia, Iraque e Síria, onde lhes inventaram uma guerra para aproveitar os seus recursos naturais. Asseverou que era contra uma nova agressão militar. «Vamos unirmo-nos e formar uma frente comum para evitar outra guerra no mundo».

Igualmente o seu compatriota Dimitri Dimis também enfatizou que apoia a Venezuela por um sentido de dignidade e justiça. «Há 60 anos apoiamos Cuba e com esta solidariedade se fez uma ponte para defender as causas justas dos povos. Agora esta ponte é chamada Venezuela».

O chileno Alberto Patricio Reyes Reyes pede a unidade internacional dos povos para impedir outra nova agressão militar imperialista.

A Venezuela é vítima de uma enorme guerra económica, comercial, financeira e dos média à escala global.

A Casa Branca prepara uma aventura militar disfarçada como uma intervenção humanitária nesse país latino-americano para tentar mudar o seu regime político e Washington reconheceu um presidente autoproclamado dessa nação. Neste conflito é definido se a legitimidade de um governo emana da vontade expressa e soberana de seu povo ou do reconhecimento das potências estrangeiras.

 

MÃOS FORA DA VENEZUELA

Num emocionante acto de solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela, realizado a 22 de Fevereiro na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), foi entregue à encarregada de negócios de Caracas em Havana, Vivian Alvarado, o certificado com mais de três milhões de assinaturas recolhidas em todo o país como parte da iniciativa Mãos fora da Venezuela.

Fernando González, presidente do ICAP, fazendo uso da palavra, asseverou que o nosso povo reitera o seu apoio incondicional a Nicolas Maduro, único presidente legítimo da Venezuela, e rejeita a falsa ajuda humanitária organizada pelo império para construir uma plataforma para invadir esse país.

A encarregada de negócios de Caracas em Havana, Vivian Alvarado, expressou a sua gratidão a esta Ilha por demonstrar o seu valor e solidariedade.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Sajárova, declarou em 21 de Fevereiro: «O desenvolvimento dos acontecimentos na Venezuela chegou a um ponto crítico. Há evidências de que as empresas estadunidenses e seus aliados da OTAN estão a trabalhar sobre a questão da aquisição de um grande lote de armas e munições a países da Europa do Leste para sua posterior transferência às forças da oposição venezuelanas (…) Os Estados Unidos estão a mover forças especiais e equipamentos para a fronteira venezuelana».

A União dos Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), em anúncio feito a 21 de Fevereiro, denunciou o concerto organizado pelo bilionário britânico Richard Branson, em Cúcuta, Colômbia. «O que seja arrecadado nunca chegará nem perto dos activos bancários venezuelanos que embarga o governo dos EUA e alguns de seus aliados, nem aos pagamentos de petróleo retidos pela administração norte-americana, nem aos recursos que os governos ocidentais bloqueiam para que não cheguem aos venezuelanos. O único interesse da iniciativa é intensificar a campanha desenfreada dos média contra a Venezuela», diz o documento.

A União dos Jornalistas de Cuba, em nome dos cerca de 4 mil jornalistas que compõem a organização, declarou a sua firme solidariedade com o povo e o governo da República Bolivariana da Venezuela perante o perigo de uma aventura militar dos Estados Unidos nesse país. «Nós, os jornalistas, dizemos Não ao golpe de Estado e unimo-nos à mobilização internacional em defesa da paz na região».

Canto de Todos, espaço dedicado à trova e aos trovadores da América Latina, dedicará um concerto especial à Venezuela e à região. Em declaração assinada pelo seu coordenador geral, Vicente Feliú, divulgaram a sua posição de firmeza e compromisso, como artistas identificados com a Pátria Grande. «Aqueles que não tenham claro neste momento muito crítico que o império vem com tudo e contra todos, no melhor dos casos estarão cometendo um crime de estupidez» e, parafraseando José Martí, expressa a declaração, «quem hoje se levanta com a Venezuela, levanta-se por Nuestra América». Afirma também: «A ordem, dada por aqueles que partiram, é nunca deixar de cantar. E a outra ordem, daqueles que devem permanecer, é nunca se descuidar, estar atentos e alertas e, acima de tudo, unidos».

Os colaboradores cubanos na Venezuela assinaram seu compromisso total com o destino bolivariano. Os mesmos colaboradores que, a 16 e 17 de Fevereiro, 99,96% participaram do referendo pela nova Constituição cubana, pronunciaram-se agora das mais de 700 brigadas em todo o país para apoiar a Declaração do Governo Revolucionário contra as ameaças imperialistas à pátria de El Libertador.

A 22 de Fevereiro concluiu-se, nas brigadas de colaboradores na Venezuela e de outras missões oficiais cubanas em terra bolivariana, o processo de assembleias para assinar a Declaração do Governo Revolucionário em apoio à Venezuela, encontros selados com a assinatura de mais de 19.200 cubanos presentes aqui, do compromisso de permanecer em suas posições de solidariedade perante qualquer circunstância.

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