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A Revolução Cubana está comprometida com os jovens para manter as conquistas

A Revolução Cubana completa 60 anos! E quando os cubanos celebram, eles não olham apenas para o passado, os cubanos sabem que a Revolução ainda é um projecto para o futuro. Não só para Cuba, mas para toda a humanidade.

Autor: Frei Betto | internet@granma.cu
7 de janeiro de 2019

A Revolução Cubana está comprometida com os jovens para manter as conquistas

Foto: Jose M. Correa

1º de janeiro de 2019, 60 anos da Revolução Cubana. Quem diria?
Para a soberba dos serviços de inteligência dos EUA a ousadia dos barbudos de Sierra Maestra, ao livrar Cuba da esfera de domínio de Tio Sam, era um “mau exemplo” a ser o quanto antes apagado das páginas da história. A CIA mobilizou e treinou milhares de mercenários e Kennedy mandou-os invadir Cuba (1961). Foram vergonhosamente derrotados por um povo em armas. E, de quebra, a hostilidade da Casa Branca levou Cuba a se alinhar à União Soviética. O tiro saiu pela culatra. Mexer com Cuba passou a significar aquecer a Guerra Fria, como o demonstrou a crise dos mísseis (1962).
Tio Sam não pôs as barbas de molho. Transformou cubanos exilados em Miami em terroristas que derrubaram aviões, explodiram bombas, promoveram sabotagens. E investiu uma fortuna para alcançar o mais espetacular objetivo terrorista: eliminar Fidel. Foram mais de 600 atentados. Todos fracassados. Fidel faleceu na cama, cercado pela família, a 25 de Novembro de 2016, pouco antes da Revolução completar 58 anos. Havia sobrevivido a 10 ocupantes da Casa Branca que autorizaram operações terroristas contra Cuba: Eisenhower, Kennedy, Johnson, Nixon, Ford, Carter, Reagan, Bush pai, Clinton e Bush filho.
Fracassada a invasão da Baía dos Porcos, impôs-se o bloqueio a Cuba (1961). Medida criticada por três papas em visita a Havana: João Paulo II (1998), Bento XVI (2012) e Francisco (2015). Porém, a Casa Branca não escuta vozes sensatas. Prefere isolar-se, ao lado de Israel, a cada ano em que a Assembleia da ONU vota o tema do bloqueio. Pela 27ª vez, em 2018, 189 países se manifestaram contra o bloqueio a Cuba.

Com a queda do Muro de Berlim e o desaparecimento da União Soviética (1989), os profetas da desgraça prenunciaram o fim do socialismo cubano. Não falharia a teoria do dominó… Equivocaram-se. Cuba resistiu, suportou o Período Especial (1990-1995) e adaptou-se aos novos tempos de globalização.
Muitos se perguntam: por que os EUA não invadiram Cuba com tropas convencionais (já que os mercenários foram derrotados), como fez na Somália (1993), Granada (1983), Afeganistão (2001) e Iraque (2003), Líbia (2011), Síria (2017), Níger (2017), e Iêmen (2018)? A resposta é simples: uma potência bélica é capaz de ocupar um país e derrubar-lhe o governo. Mas não é capaz de derrotar um povo. Esta lição os estadunidenses aprenderam amargamente no Vietname, onde foram escorraçados por um povo camponês (1955-1975). Atacar Cuba significaria enfrentar uma guerra popular. Após a humilhação sofrida no Sudeste Asiático, a Casa Branca prefere não correr esse risco.
Por que motivo incomoda Cuba os que associam, indevidamente, o capitalismo e a democracia? Porque Cuba convence as pessoas intelectualmente honestas, que não se deixam levar pela propaganda anticomunista fundada em preconceitos, e não em factos, que, apesar de toda a campanha mundial contra a Revolução, na ilha ninguém morre de fome, anda descalço, é analfabeto com mais de 6 anos de idade, precisa ter dinheiro para ingressar na escola ou cuidar da saúde, seja uma gripe ou uma complexa cirurgia do coração ou do cérebro. No IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, que abrange 189 países, Cuba ocupa melhor lugar (68º) que a maioria dos países da América Latina, incluído o Brasil (79º lugar).
Enquanto o capitalismo enfatiza, como valor, a competitividade, a Revolução incute no povo cubano a solidariedade. Graças a isso Cuba despachou tropas, nas décadas de 1960 e 1970, para ajudar nações africanas a se libertarem do colonialismo europeu e a conquistarem sua independência. Raúl Castro foi o único chefe de Estado estrangeiro a ter direito a discursar no funeral de Mandela, porque o governo da África do Sul reconheceu a importância da solidariedade cubana para o fim do Apartheid.
Graças à solidariedade, professores e médicos cubanos espalham-se por mais de 100 países, trabalhando nas áreas mais pobres e remotas. E graças aos princípios éticos da Revolução, em Cuba, não se vê famílias debaixo de pontes, crianças de rua, mendigos estirados pelas calçadas, máfias de drogas. Os delatores da Odebrecht denunciaram todos os agentes públicos corrompidos nos países da América Latina nos quais a empresa atuou. Menos Cuba, onde ela construiu o porto de Mariel.
Algum delator quis defender Cuba? Óbvio que não. Apenas nenhum cubano se deixou corromper.
O povo cubano chegou ao paraíso? Longe disso. Cuba é uma nação pobre, porém decente. Apesar do bloqueio e de todos os problemas que ele acarreta, o seu povo é feliz. Por que então muitos saem de Cuba? Ora, muitos saem de qualquer país que enfrenta dificuldades. Saem da Espanha, da Grécia, da Turquia, do Brasil, da Venezuela e da Argentina. Mas quem sai? De Cuba, aqueles que, contaminados pela propaganda do consumismo capitalista, acreditam que o Eldorado fica acima do Rio Grande. Os mesmos que se regozijam com a emigração de uns poucos cubanos jamais se indagam por que nunca houve em Cuba uma manifestação popular contrária ao governo, como acaba de ocorrer na França (coletes amarelos) e também na Tunísia (2011), Egito (2011), Turquia (2016), e anteriormente nos EUA (Seattle, 1999).
Haveria em Cuba soldados ou guardas em cada esquina? João Paulo II declarou que lhe chamou a atenção não ver veículos militares nas ruas ao visitar Havana, como observou em tantos outros países. A maior arma da resistência cubana é a consciência da população.
A Revolução Cubana comemora 60 anos! É muito pouco para um país triplamente ilhado: pela geografia, pelo bloqueio e por ser o único da história do Ocidente a adoptar o socialismo. E quando os cubanos comemoram, não olham apenas para o passado de tantas gloriosas conquistas, entre muitos desafios e dificuldades. Inspirados por Martí, Che, Fidel e Raúl, os cubanos sabem que a Revolução ainda é um projecto de futuro. Não só para a Cuba, mas para toda a humanidade, até que as diferenças (idioma, cultura, sexo, religião, cor da pele etc.) não sejam mais motivo de divergências e a desigualdade social figure nos arquivos de pesquisas, apenas como uma abominável referência histórica, como é hoje a escravatura.

Viva a Revolução Cubana!

 

 

Mensagens de felicitações enviadas ao presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez
Abdelaziz Bouteflika, Presidente da República Popular Democrática da Argélia
No momento em que o seu país amigo celebra o 60º aniversário do triunfo da sua gloriosa Revolução, é particularmente gratificante para mim expressar, em nome do povo e do Governo da Argélia e em meu nome pessoal, os nossos sinceros parabéns juntamente com os meus melhores desejos para saúde e felicidade para ele, progresso e prosperidade para as pessoas amigas cubanas.
Gostaria, nesta feliz ocasião, para expressar a minha grande satisfação com a excelente qualidade das relações entre os nossos dois países amigos, marcada pela amizade e solidariedade. 

Sir Peter Cosgrove, Governador Geral da Commonwealth of Australia
Por ocasião da celebração do aniversário do triunfo da Revolução Cubana, desejo expressar a si, ao Governo e povo de Cuba, os meus melhores votos, juntamente com os do Governo e do povo da Austrália. 

Joseph Kabila Kabange, Presidente da República Democrática do Congo
Tenho a honra de transmitir, em nome de todos os congoleses e em meu nome pessoal, os melhores desejos no novo ano 2019, as mais calorosas felicitações sobre a ocasião da celebração da festa nacional do seu país. Aproveito este feliz evento para expressar meu desejo de ver o meu país desenvolver relações de amizade e cooperação ainda mais mutuamente vantajosas. 

Ali Bongo Ondimba, Presidente da República Gabonesa
Venho, em nome do povo do Gabão, do Governo da República e em meu próprio nome, enviar calorosas felicitações sobre a ocasião, 1º. Janeiro de 2019, o Feriado Nacional da República de Cuba. 

Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, Presidente da República do Gana
Por ocasião da celebração 60º do Dia da Libertação da República de Cuba para comemorar o glorioso triunfo da Revolução Cubana, transmito em nome do governo e do povo da República do Gana e em meu próprio nome , o mais sinceros parabéns a si e ao governo e povo da República de Cuba. Tenho a fervorosa esperança de que os aniversários celebrados no futuro testemunhem um fortalecimento adicional dos laços de amizade e cooperação que tão alegremente existem entre os nossos dois países. 

Matamela Cyril Ramaphosa, Presidente da República da África do Sul
Na auspiciosa ocasião da celebração do Dia da Libertação, o 1º Janeiro 2019, o Governo e povo da República da África do Sul juntam-se a mim para transmitir a Sua Excelência, ao Governo e ao povo da República de Cuba, nossas cordiais saudações e sinceros parabéns. 

Luiz Filipe de Macedo Soares, Secretário-Geral da Organização para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe
Tenho o prazer de informar Vossa Excelência as saudações mais respeitosas e cordiais do Organismo para a Proibição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL), por ocasião da comemoração do 60º aniversário do triunfo da Revolução Cubana, 1º Janeiro, assim como os melhores desejos para o bem-estar do povo cubano.

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