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Cuba celebra os 122 anos da queda em combate de Antonio Maceo

Os cubanos relembram hoje o aniversário 122 da queda em combate do major general do Exército Libertador, Antonio Maceo, conhecido na ilha caribenha como o Titã de Bronze.

Maceo -filho de Mariana Grajales- foi educado com os seus irmãos sob fortes normas de disciplina, trabalho, limpeza no vestir, cortesia, respeito aos mais velhos, honestidade, solidariedade, valentia, tenacidade e patriotismo.

Vários historiadores qualificam-no um mestre da táctica militar, e calcula-se que interveio em mais de 600 acções combativas contra o colonialismo espanhol, entre as que se contam ao redor de 200 batalhas de grande significado.

Estes confrontos deixaram no seu corpo 26 cicatrizes de guerra, das quais recebeu 21 na Guerra dos Dez Anos (1868-1878).

É recordado também pelo Protesto de Baraguá, um facto histórico que demonstrou a decisão de um povo de viver sem donos, nem correntes.

A desunião, a dispersão e o caudilhismo atentaram contra os resultados da Guerra dos Dez Anos contra o colonialismo espanhol, de tal situação, entre outras questões, chegou-se ao conhecido Pacto do Zanjón, assinado em 10 de fevereiro de 1878. Mediante esse documento, Espanha pretendia uma capitulação, uma paz injusta para os cubanos.

Porém muitos, com um decoro inalterável estavam convencidos que o dito texto era uma breve interrupção da contenda e não uma saída, e se combateria até conseguir a verdadeira liberdade.

Maceo sobrepôs-se acima de todos, com a sua conduta instância e posição resoluta de combater arrastou chefes, oficiais e soldados a continuar com a sua total entrega à causa pela independência.

Em 15 de março de 1878, durante uma entrevista sustentada por Maceo com o general espanhol Arsenio Martínez Campos, ficou clara a intransigência e inconformismo do chefe insurreto com o Pacto do Zanjón.

Martínez, que foi a Cabos de Baraguá confiante na facilidade de um acordo previsto, retirou-se moralmente derrotado diante da atitude firme e serena de Maceo.

Esse acordo, que não garantia a independência, nem a abolição da escravatura, foi inadmissível para quem, desde os campos cubanos mantinham incólume a vontade pela libertação definitiva da Ilha e estavam dispostos a prosseguir as acções bélicas.

A transcendência deste acto, expressão do espírito revolucionário, demonstrou que os chefes, oficiais e soldados que sobre seus ombros tinham levado o peso e as penúrias daquela guerra, não estavam dispostos a renunciar.

De acordo com apontamentos históricos, o Protesto de Baraguá foi um facto valente, oportuno e não só consolidou o pensamento revolucionário cubano em momentos de profunda crise moral mas reafirmou os objectivos básicos da rebeldia nacional: a independência de Cuba e a liberdade dos escravos.

Maceo cai em combate em 7 de dezembro de 1896 em San Pedro, província de Havana e os seus restos mortais descansam no monumento do Cacahual.

(Prensa Latina) 7.Dez.2018

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