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Conferência de imprensa do Presidente Nicolas Maduro Moros

14.12.2018

O Governo da República Bolivariana da Venezuela informa que, no dia de hoje, o Presidente da República, Nicolas Maduro Moros, em conferência de imprensa com órgãos de comunicação social internacionais, deu conhecimento de um conjunto de informações que revelam a existência de um novo plano para atentar contra a estabilidade democrática, a segurança do Estado e a paz do povo da Venezuela.

A Venezuela teve conhecimento, através de fontes de confiança, de que o Assessor para a Segurança Nacional do Governo dos Estados Unidos, John Bolton, assume e dirige as operações de um conjunto de acções de força e natureza terrorista que incluem o assassinato do Presidente Constitucional da Venezuela, a derrota do seu governo legítimo e a imposição de uma Junta de Governo transitório, através de um esquema de intervenção directa na Venezuela.

O referido plano conta com a participação e a cumplicidade directa do governo colombiano e do seu Presidente, Ivan Duque. A Venezuela teve conhecimento através de diferentes fontes e por isso denuncia que, numa zona do município de Tona, departamento do Norte de Santander, República da Colômbia, se encontra neste momento um grupo de 734 mercenários, composto por colombianos e venezuelanos, em treino paramilitar.

O objectivo deste grupo é fabricar um incidente de falsa bandeira (falsos positivos), na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia. Pretende-se simular um ataque das Forças Armadas Bolivarianas a unidades militares colombianas e, com base neste facto fictício, gerar uma crise militar e fazer uma escalada para um confronto binacional que sirva de pretexto aos planos intervencionistas decididos em Washington e dirigidos pelo senhor Bolton.

A Venezuela tomou conhecimento de que na base militar norte-americana de Tolemaida, situada no município de Cundinamarca, a apenas  112km de Bogotá e na base  aérea de Eglin a sudoeste de Valparaíso, no condado de Okaloosa, Estado de  Florida são realizadas atualmente actividades de planificação, preparação e treino para uma acção militar e paramilitar na Venezuela.

Várias fontes de inteligência confirmaram esta informação: nestas instalações militares, grupos de forças especiais são atualmente treinados para uma intervenção cirúrgica em bases aéreas e militares venezuelanas. O seu objetivo é desembarcar, conquistar e neutralizar a Base aérea de Libertador de Palo Negro, situada a 120 km de Caracas, no Estado de  Aragua ,a Base Naval de Porto Cabello, no Estado de Carabobo e a Base aérea de Barcelona no Estado de Anzoátegui, a oriente do país.

O Presidente da Venezuela exigiu ao governo da Colômbia e ao Congresso dos Estados Unidos que investiguem estas denúncias.

“Se o governo colombiano estivesse de boa fé poderia investigar e capturar em menos de uma hora os mercenários que estão a ser treinados neste município colombiano” afirmou o Presidente Maduro.

E acrescentou “ Se houvesse justiça nos Estados Unidos, o Congresso investigaria esta questão a fundo. O mesmo deveria fazer a comunicação social desse país; eles têm formas e fontes para confirmar isto tudo. Não falo por falar e não vou falar só depois de sucederem acontecimentos de gravidade”.

A Venezuela alerta para a atitude inaudita do governo da Colômbia que recusa dialogar com o governo da Venezuela, apesar dos repetidos apelos do nosso ministério de Negócios Estrangeiros. O Presidente Ivan Duque mandou encerrar todos os canais de comunicação diplomática e política que as nações e os governos devem manter em qualquer circunstância, em benefício dos seus povos .A Venezuela só pode atribuir esta conduta irresponsável ao compromisso que o Presidente Duque tem com os planos militares de agressão da Administração Trump contra a Venezuela.

John Bolton converteu a Colômbia em bases das suas operações contra a Venezuela. A Colômbia está a preparar-se  para participar num ataque à Venezuela, e, por isso, recusa-se a manter uma comunicação diplomática mínima e razoável.

Da mesma forma, o Governo da Venezuela afirma que o plano do assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, inclui envolver a República Federativa do Brasil, numa operação militar violenta contra a Venezuela.

A Venezuela chama a atenção da comunidade internacional, e repudia firmemente as declarações perigosas e aventureiras do vice-presidente eleito do Brasil, General Hamilton Mourão, anunciando eventos violentos na Venezuela e, em geral, repudia a retórica militarista e agressiva de pessoas ligada directamente ao Governo de Jair Bolsonaro. O Presidente da República Bolivariana da Venezuela deseja que as forças militares da Colômbia e do Brasil não se deixem arrastar num confronto fratricida ou se prestem a participar dos planos de agressão dos Estados Unidos contra o povo venezuelano

O presidente da Venezuela também reclama que, sob pressão de John Bolton, os fundos secretos do governo dos EUA, destinados a operações secretas na Venezuela, foram aumentados de 40 para 120 milhões de dólares para subornar oficiais militares para que eles possam adicionar ao golpe acções inconstitucionais. Para esta actividade mercenária, o governo dos EUA usa um ex-oficial das Forças Armadas da Venezuela, chamado Oswaldo Valentín García Palomo, que está a ser procurado pelo crime de traição contra a pátria.

A Venezuela rejeita mais esta nova tentativa de agressão à sua estabilidade democrática, à paz e ao direito à auto-determinação do povo da Venezuela.

Falhará de novo a política de “mudança de regime” iniciada há cerca de 20 anos e agravada por Barack Obama e Donald Trump. Mas dada a gravidade desta informação e o perigo para o povo, para a sociedade venezuelana e a paz regional, que implicará uma agressão contra a Venezuela, o presidente Maduro considera oportuno chamar a atenção da comunidade internacional para estes fatos e alertar para os planos em marcha.

Apesar desta nova agressão por parte da administração Trump, a Venezuela ratifica a sua vontade de um diálogo franco, sincero e respeitoso com o presidente dos Estados Unidos para abordar o estado das relações entre os dois países e a busca de formas de entendimento e convivência.

A Venezuela derrotará essa nova conspiração. “Falamos antecipadamente para alertar o país, o mundo e confirmar-lhes que a Venezuela está de pé. A democracia venezuelana não retrocederá. Os venezuelanos não vão ajoelhar, não nos renderemos, vamos combater e assegurar a paz e a democracia para a Venezuela” disse o presidente Maduro.

Durante a conferência de imprensa, o presidente Maduro ratificou a política de resolução pacífica de conflitos, a posição dialogante da Venezuela nos assuntos internacionais e a sua política defensiva em matéria militar e de segurança nacional.

 “A Venezuela nunca agredirá nenhuma nação nem nenhum povo. Nunca o fizemos em toda a nossa História, nem o faremos agora. Mas enganam-se tragicamente aqueles que pensam que podem atacar a Venezuela impunemente. O que é que pensam? Que a esta terra alguém a esmaga? Que não tem quem a defenda? Que não se enganem, porque lhes daremos uma lição que não esquecerão, mil anos que passem! Vamos dar-lhes uma lição de dignidade e de força  aos loucos da extrema-direita, sejam eles do Brasil, da Colômbia, ou de onde quer que sejam!”, disse o presidente Nicolas Maduro. Os tempos coloniais passaram. A Venezuela não se curvará àqueles que procuram impor o neocolonialismo. Estamos em tempos de independência, de democracia de liberdade. “Nós não nos ajoelhamos. Não nos rendemos, nem agora nem nunca! Que o saiba o império americano e a Casa Branca! “,disse o Presidente Maduro, durante a sua comparência perante a comunicação social.

No próximo dia 10 Janeiro de 2019 começará de forma legítima e constitucional o novo mandato presidencial. Foi a decisão soberana do povo da Venezuela e nós vamos respeita-la. A Venezuela continuará a derrotar todas as conspirações no caminho da paz e da democracia.

 

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