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«Se houvesse uma lista de países que patrocinam a solidariedade e a vida, Cuba estaria em primeiro lugar»

A opinião internacional condena a ação de incluir Cuba em uma lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo e critica o caráter inédito desta nova medida do governo cessante da Casa Branca

Ilustração Martirena.

A opinião internacional condena a acção de incluir Cuba numa lista unilateral de patrocinadores do terrorismo e critica o caráter inédito desta nova medida do governo cessante da Casa Branca.

Foi o que demonstrou, na sua declaração, o secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América—Acordo de Comércio com os Povos (ALBA-TCP), Sacha Llorenti, ao qualificar a decisão de Washington de arbitrária, considerando-a uma violação «da Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional».

Llorenti lembrou ainda como a Ilha maior das Antilhas envia médicos para outros países e, assim, salva milhares de vidas, no meio da pandemia da Covid-19 e aos efeitos do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto há seis décadas.

Por outro lado, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, expressou a sua posição em relação à mais recente decisão dos Estados Unidos em relação a Cuba.

Segundo a Telesur, Zhao afirmou que «a China sempre defendeu que a comunidade internacional trabalhe em conjunto para combater o terrorismo, mas opõe-se firmemente à repressão política dos Estados Unidos e às sanções económicas contra Cuba, em nome do contraterrorismo».

Da mesma forma, a República Bolivariana da Venezuela, por meio de um comunicado da sua chancelaria, rejeitou a decisão do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a nação caribenha.

O comunicado, divulgado por meio do Twitter oficial do chanceler Jorge Arreaza, afirma que, «na sua agonia final», aquele governo «pretende ser juiz numa matéria na qual deveria inibir-se por mera imoralidade».

O texto lembra que o governo dos Estados Unidos «criou e financiou o maior número de grupos terroristas nas últimas décadas», além de ter exercido «políticas sistemáticas de terrorismo de Estado» contra inúmeras nações, acrescenta.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, também denunciaram o anúncio e ratificaram o seu apoio a Havana.

Oito senadores norte-americanos também pediram ao secretário de Estado Mike Pompeo uma explicação para a inclusão injustificada de Cuba nessa lista vergonhosa, segundo compartilhou Johana Tablada no seu perfil no Facebook.

«Estamos a escrever para expressar a nossa profunda preocupação», disseram os senadores. «Nos últimos dias do governo, os esforços para politizar decisões importantes sobre a nossa segurança nacional são inaceitáveis e ameaçam prejudicar os esforços diplomáticos futuros para Cuba».

Vários membros do Parlamento Europeu repudiaram a nova medida. Javier Moreno destacou no Twitter que o presidente Donald Trump vai cometendo loucuras até a derrota final, e o seu acontecimento mais recente é colocar a Ilha nessa lista.

Manu Pineda também zombou dessas novas sanções, dizendo: «É uma forma estranha de terrorismo enviar médicos ao redor do mundo para ajudar no combate à pandemia e salvar vidas», e o eurodeputado Javi López atacou a decisão dos EUA, que considerou arbitrária e ideológica.

A Rússia condenou a inclusão de Cuba e do Irã na lista elaborada pelo governo dos Estados Unidos, na voz do presidente do Comité das Relações Internacionais do Conselho da Federação, Konstantin Kosachov, que afirmou que, se há algo estável na política de Washington, no meio de suas turbulências internas e eleições escandalosas, está o constante assédio a Cuba e ao Irão.

Daquele país persa, o chanceler Said Jatibzade qualificou de nojento costume o do governo dos Estados Unidos de acusar os seus rivais e garantiu que a Ilha caribenha é líder na luta contra o imperialismo e a arrogância global, segundo a HispanTV.

No final desta edição, continuaram a ser difundidas mensagens de apoio a Cuba e contra a designação dos Estados Unidos, o que responde a outra posição hegemónica e arrogante da atual administração da Casa Branca.

Autor: Redação Internacional | informacion@granma.cu

Janeiro, 2021

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