O nosso país não lança bombas contra outros povos, nem manda milhares de aviões a bombardear cidades; o nosso país não possui armas nucleares, nem armas químicas, nem armas biológicas. Os milhares de cientistas e médicos com que conta o nosso país foram educados na ideia de salvar vidas. Estaria em absoluta contradição com a sua concepção pôr um cientista ou um médico a produzir substâncias, bactérias ou vírus capazes de produzir a morte a outros seres humanos
Autor: Fidel Castro Ruz | internet@granma.cu
Março, 2020
Eu penso – porque sou optimista– que este mundo pode ser salvo, apesar dos erros cometidos, apesar dos poderes imensos e unilaterais que foram criados, porque acredito na preeminência das ideias sobre a força. (…)
O nosso país não lança bombas contra outros povos, nem manda milhares de aviões a bombardear cidades; o nosso país não possui armas nucleares, nem armas químicas, nem armas biológicas. Os milhares de cientistas e médicos com que conta o nosso país foram educados na ideia de salvar vidas. Estaria em absoluta contradição com a sua concepção pôr um cientista ou um médico a produzir substâncias, bactérias ou vírus capazes de produzir a morte a outros seres humanos.
Não faltaram, inclusive, as denúncias de que Cuba estava a fazer pesquisas sobre armas biológicas. No nosso país fazem-se pesquisas para curar doenças tão duras como a meningite meningocócica, a hepatite, através de vacinas que produz por técnicas de engenharia genética, ou, algo de muita importância, a busca de vacinas ou de fórmulas terapêuticas através da imunologia molecular; e tanto umas podem prever e outras podem, inclusive, curar, e avançamos por esses caminhos. Esse é o orgulho dos nossos médicos e dos nossos centros de pesquisa.
Milhares de médicos cubanos prestaram serviços internacionalistas nos lugares mais afastados e inóspitos. Um dia eu disse que nós não podíamos nem realizaríamos nunca ataques preventivos e de surpresa contra nenhum escuro recanto do mundo; mas que, em troca, o nosso país era capaz de enviar os médicos que se necessitem aos mais escuros recantos do mundo. Médicos e não bombas, médicos e não armas inteligentes.
Excertos do discurso proferido pelo Comandante-em-chefe, em Buenos Aires, em maio de 2003.