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Amnésia ou avaliação distorcida

Relatório sobre Direitos Humanos na Venezuela é rejeitado pela sua parcialidade e pouca objectividade

“Mas os anos passam e o tempo — tudo indica — até cria uma espécie de metamorfose mental ou amnésia para aqueles que preferem «esquecer».

Na Venezuela, a Constituição de 1999 estabelece a garantia dos direitos humanos, a sua promoção e vigilância, como parte do Poder Cidadão”

Autor: Elson Concepción Pérez | internet@granma.cu

Julho 2019

Foto: VTV

Das lutas do povo venezuelano e seus ganhos sociais em favor dos direitos humanos, o relatório da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos não fala. 

Na realidade, é muito doloroso usar ou representar uma instituição das Nações Unidas, como a Comissão de Direitos Humanos, para fazer denúncias acusatórias contra o governo legítimo da República Bolivariana da Venezuela, da maneira mais preconceituosa e enganosa.

Enquanto isso, nem mesmo uma palavra acusatória para aqueles que, em flagrante violação dos direitos humanos, aplicam um verdadeiro cerco económico contra o país, acção que já causa fome e mortes entre a população mais vulnerável.

Nem uma queixa contra os chamados opositores que se proclamam presidente ou que pedem uma intervenção armada contra o país. Nem para especialistas em criar falsos positivos para justificar a agressão.

Que a OEA e seu secretário-geral desqualificado façam as mais enganosas acusações, liderem a agressão diplomática e política, ignorem as verdadeiras autoridades e se alinhem com os terroristas internos e externos tem a explicação do que é a OEA, uma instituição desacreditada até o cerne, tal como o senhor Luís Almagro.

Mas que uma comissão da ONU seja usada como bandeira ou coro para isolar a Venezuela, não pode ter outra interpretação além da irresponsabilidade, pelo menos.

O relatório apresentado agora pela senhora Michelle Bachelet carece do mais elementar: ética, transparência e imparcialidade.

Como é possível que essa representante da ONU pudesse validar as informações de sectores do terrorismo venezuelano e que — num verdadeiro acto de desrespeito às normas da diplomacia internacional – até contemplasse na sua agenda uma reunião com um Juan Guaidó, identificado com a pior natureza dessa nação e que toda a sua função é ilegal pois não foi escolhido por ninguém?

O relatório da senhora Bachelet diz alguma coisa sobre jovens venezuelanos queimados vivos nas ruas pelos chamados “guarimbeiros” pagos por Juan Guaidó e Leopoldo López? Não.

Quanta vez nesse relatório está incluída a queixa dos familiares de crianças que morreram à espera de um transplante de medula óssea, porque o governo dos EUA de Donald Trump congelou e apreendeu o dinheiro venezuelano em bancos europeus, destinados ao pagamento dessas acções médicas?

A Comissão de Direitos Humanos da ONU diz algo sobre isso? Não.

Desta vez, o documento supracitado foi elaborado por uma chilena que, na época da ditadura no seu país, sabia em primeira mão o que é uma violação dos direitos humanos. E, no caso do Chile, a ditadura de Pinochet foi um exemplo de como os direitos humanos são esmagados. Tortura, morte, desaparecimentos e muito mais. Mas, confesso, não me lembro se, então ou depois, tenham sido elaborados relatórios acusatórios a partir dos quais foram emitidas sanções internacionais.

Mas os anos passam e o tempo — tudo indica — até cria uma espécie de metamorfose mental ou amnésia para aqueles que preferem «esquecer».

Na Venezuela, a Constituição de 1999 estabelece a garantia dos direitos humanos, a sua promoção e vigilância, como parte do Poder Cidadão.

O governo legítimo do país bolivariano rejeitou categoricamente o relatório apresentado na sexta-feira na Comissão de Direitos Humanos em Genebra e catalogou-o como «distorcido», pois «apresenta uma visão selectiva e abertamente parcial da verdadeira situação dos direitos humanos na Venezuela».

De acordo com um despacho da Efe, a Venezuela também lamentou que o relatório de Bachelet omitisse, «na íntegra, as conquistas e avanços alcançados» em matéria de direitos humanos pelo chavismo que governa desde 1999.

«Uma análise não é objectiva ou imparcial onde os sinais negativos sejam privilegiados ao extremo, e os avanços e medidas adoptadas na área dos direitos humanos sejam invisibilizadas ou minimizadas», insistiu o governo bolivariano.

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